quarta-feira, 24 de junho de 2009

Atos dos Apostolos

Atos dos Apóstolos registra o estabelecimento da Igreja pelo Espírito Santo, vindo do céu, depois o trabalho dos apóstolos em Jerusalém e na Palestina, bem como o trabalho de outros obreiros do Senhor. Destaca a obra de Pedro e depois a de Paulo, encerrando com o relato da rejeição pelos judeus da Dispersão do evangelho pregado por Paulo.

As Epístolas
Expor, ainda que de forma sumária, o conteúdo das epístolas nos levaria longe demais. Iremos nos limitar a dizer algumas palavras a respeito de sua ordem cronológica, destacando apenas que elas nos descortinam a eficácia da obra de Cristo e o amor do Pai revelado Nele.

Epístolas Paulinas
Listamos em primeiro lugar aquelas cuja data é certa: 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Coríntios, Romanos, Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemon. As quatro últimas foram escritas durante o cativeiro de Paulo. A epístola aos Gálatas foi escrita de 14 a 20 anos após o chamado do apóstolo, depois de ele haver trabalhado algum tempo na Ásia Menor, talvez logo após a sua estada em Éfeso – em todos os casos, porém, depois da fundação das assembléias da Galácia. Ele escreveu 1 Timóteo por ocasião de sua partida de Éfeso. A época exata não pode ser fixada. Já 2 Timóteo foi escrita no final da vida do apóstolo, quando ele estava prestes a sofrer o martírio. A epístola a Tito faz referência a uma viagem de Paulo a Creta, mas não sabemos com exatidão quando essa viagem aconteceu (alguns acreditam que ela foi escrita durante a estada de Paulo em Éfeso). Moralmente, ela é contemporânea de 1 Timóteo. Não foi a intenção de Deus nos dar a cronologia das epístolas. A sabedoria divina não o quis, mas a ordem moral é bem clara e pode ser vista na maneira em que 2Timóteo se concentra na ruína da casa de Deus, enquanto 1Timóteo estabelece a ordem da mesma.


Hebreu
A epístola aos Hebreus foi escrita numa época relativamente tardia, visando ao juízo que havia de cair sobre Jerusalém. Apela aos Judeus crentes que se separem daquilo que Deus havia condenado.

Tiago
A epístola de Tiago é da época em que a separação aludida em Hebreus ainda não havia ocorrido. Os judeus crentes são vistos como ainda fazendo parte de Israel, que ainda não fora definitivamente rejeitado. Eles reconhecem somente a Jesus como Senhor da glória. Como as demais epístolas universais (as chamadas “católicas”), a de Tiago foi escrita nos últimos dias da era apostólica. Naqueles dias, o cristianismo havia encontrado uma entrada ampla em meio às tribos de Israel, e o juízo divino haveria de encerrar a história dos judeus. As epístolas de João foram escritas mais tarde ainda.

As epístolas de Pedro
Em 1Pedro, vemos que o evangelho já se espalhara bastante entre os judeus. Esta epístola está endereçada aos judeus crentes da Dispersão. Não há duvida de que 2Pedro é posterior e data do final da carreira do apóstolo – época em que haveria de levantar sua tenda e deixar os seus irmãos mais chegados. Ele não os quis deixar sem algumas advertências, visto que o cuidado apostólico logo já não estaria disponível. A exemplo da epístola de Judas, ela fala dos que negaram a fé, abandonando a senda da piedade, e dos escarnecedores, que se levantavam contra o testemunho da vinda do Senhor.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Os Evangelhos

Os evangelhos contam a vida do Senhor e o apresentam ao nosso coração, seja por Seus atos, seja por Seus discursos, nos diversos aspectos que O tornam precioso para as almas redimidas, de acordo com a inteligência espiritual que lhes é concedida e segundo as suas necessidades. Esses aspectos, em conjunto, formam a plenitude de Sua glória pessoal, até onde somos capazes de entendê-la enquanto estamos aqui em baixo, nesse vaso de barro. Estão excluídas disso as relações entre Cristo e a Igreja, porque, além do anúncio de que Cristo havia de edificar a Igreja sobre a terra, as demais revelações a respeito desse precioso mistério foram dadas aos apóstolos e profetas pelo Espírito Santo, que foi enviado após a Sua ascensão.
Fica evidente que o Senhor teve que reunir em Sua pessoa aqui na terra, conforme os conselhos de Deus e as revelações de Sua Palavra, mais do que uma característica específica para alcançar tudo aquilo que diz respeito a Sua glória e à manutenção dela e para a manifestação da glória de Seu Pai. Mas para que isso pudesse acontecer era necessário que Ele fosse alguma coisa, seja considerado o que Ele foi enquanto esteve aqui na terra, seja do ponto de vista de Sua verdadeira natureza. Cristo, portanto, devia cumprir a tarefa de que fora incumbido por Deus na condição de servo por excelência, servindo a Deus pela Palavra no meio de Seu povo (veja Sl 40:8-10; Is.49:4-5).
Uma multidão de testemunhas havia anunciado que o Filho de Davi se assentaria, da parte de Deus, sobre o trono de Seu pai. No Antigo Testamento, a realização dos conselhos de Deus com respeito a Israel está intimamente ligada àquele que havia de vir e que, sobre a terra, devia ter a relação de Filho de Deus com Javé Deus. O Cristo, o Messias – ou Ungido, palavra que não é outra coisa senão a tradução desse nome, havia de se apresentar a Israel conforme a revelação e os conselhos de Deus. E esta semente prometida havia de ser Emanuel, Deus com o povo. Os judeus limitaram a sua espera quase unicamente a esse Seu caráter de Cristo: Messias e Filho de Davi, e ainda o faziam à sua maneira: não enxergavam outra coisa senão a elevação de Israel, sem consciência dos próprios pecados e das conseqüências desses pecados.
Entretanto, esse caráter de Cristo não era tudo que a palavra profética havia declarado referente aos conselhos de Deus, anunciados com respeito àquele que era esperado até mesmo pelo mundo. Cisto devia ser Filho do Homem. Esse título que o Senhor Jesus gostava de atribuir a Si mesmo é de grande importância para nós. O Filho do Homem, segundo a Palavra de Deus, é herdeiro de tudo aquilo que, nos conselhos de Deus, havia sido destinado ao ser humano como sua porção em glória – ou seja, de tudo aquilo que Deus devia dar ao ser humano segundo esses conselhos (veja Dn 7:13-14; Sl 8:5-6; 80:17; Pv 8). Mas, para ser herdeiro daquilo que Deus havia destinado ao ser humano, Cristo devia se tornar homem. O Filho do Homem pertenceu verdadeiramente à raça humana. Que verdade precisa e consoladora! Nascido de mulher, Ele verdadeiramente era homem, participando de sangue e carne, feito semelhante aos Seus irmãos, porém sem pecado. Com essa natureza, Ele havia de morrer e ressuscitar para herdar todas as coisas e possuí-las numa condição absolutamente nova – a condição de homem ressurreto e glorificado. Isso porque a herança havia sido maculada pelo homem em rebelião contra Deus, e os co-herdeiros de Cristo era culpáveis tanto quanto os demais seres humanos.
Jesus, então, havia de ser o Servo por excelência, o grande Profeta, o Filho de Davi e o Filho do Homem. Por conseguinte, era verdadeiro homem sobre a terra, nascido de mulher, nascido debaixo da Lei, descendente de Davi, herdeiro dos direitos da família de Davi, herdeiro do destino do ser humano conforme a intenção e os conselhos de Deus. Por isso, convinha que glorificasse a Deus, de acordo com a posição em que o ser humano se encontrava e em que havia falhado, no que diz respeito à sua responsabilidade. Convinha que correspondesse a essa responsabilidade, glorificando a Deus, e que rendesse durante a Sua vida aqui na terra o testemunho de um profeta, sendo a “testemunha fiel”. Quem poderia reunir em sua pessoa todas essas características? Deveria essa glória ser apenas uma glória oficial, anunciada no Antigo Testamento como a glória que um homem deveria herdar? A situação do ser humano, manifestado debaixo da Lei, demonstrava a impossibilidade de ele se tornar, tal como era, participante da benção de Deus. A rejeição ao Cristo trouxe à luz a última prova disso. Com efeito, o ser humano precisava, acima de tudo, ser reconciliado com Deus, e isso à parte de qualquer dispensação e do governo especial de um povo específico sobre a terra. O homem era pecador. A redenção era necessária, tanto para a glória de Deus quanto para a salvação dos seres humanos. Mas quem poderia executá-la? O próprio ser humano tinha necessidade dela; um anjo haveria de guardar a própria posição, ocupá-la e preenchê-la: não podia fazer mais que isso, pois de outro modo não seria anjo. Quem, então, dentre os homens podia ser herdeiro de todas as coisas e ter todas as obras de Deus colocadas debaixo de seu domínio, conforme a Palavra de Deus? Apenas o Filho de Deus devia herdá-las. Ele as criara e tinha o direito de tomar posse delas. Tal pessoa tinha de ser o Sevo, o Filho de Davi, o Filho do Homem. O Redentor; havia de ser o Filho de Deus, o Deus Criador.
A essas diferentes características de Cristo deve-se não somente os aspectos particulares de cada evangelho, mas também a diferença que existe entre os primeiros três e o de João. Aqueles mostram Cristo apresentado ao homem, a fim de que o ser humano o receba, bem como a Sua rejeição como ponto de partida de seu evangelho e apresenta a natureza divina manifestada em uma Pessoa, em cuja presença estavam o ser humano em geral e o judeu, a Quem rejeitaram: “Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu” (Jo. 1:10).

Mateus
Voltemos um pouco agora. Mateus mostra o cumprimento da promessa e da profecia. Vemos, em seu evangelho, o Emanuel no meio dos judeus e rejeitado por eles. Eles esbarraram, portanto, na pedra de tropeço. Depois, Cristo é apresentado como um semeador da Palavra, mas a busca pelo fruto foi inútil. Entram, em seguida, a Igreja e o Reino, e substituem Israel que deveria ter sido abençoado conforme as promessas, mas as recusou, rejeitando a pessoa de Jesus. Contudo, quando receberem ao Senhor (no futuro), depois do julgamento vir sobre eles, os judeus serão reconhecidos como objetos da misericórdia. A ascensão não é mencionada por Mateus. Por essa razão, cremos que não é Jerusalém, e sim a Galiléia, a cena da entrevista do Senhor com os Seus discípulos após a ressurreição. Jesus está com os pobres do rebanho que obedeceram à Palavra do Senhor, ali onde a luz se elevou sobre o povo que estava assentado nos trevas. A missão de batizar parte também dela e se aplica às nações.

Marcos e Lucas
Marcos coloca diante de nós o Servo e Profeta, Filho de Deus. Lucas apresenta-nos o Filho do Homem. Os dois primeiros capítulos oferecem um agradável quadro do remanescente de Israel.

João
João, como já dissemos, nos faz conhecer a pessoa divina do Senhor, vindo em corpo humano, alicece de toda benção. Ele nos mostra uma obra de propiciação que é a base até mesmo daquela condição onde o pecado não se acha mais, a base dos novos céus e da nova terra onde a justiça habita. No final do evangelho, temos a promessa do Consolador, tudo em contraste com o judaísmo. Em vez de traçar a genealogia do Senhor até Abraão e Davi, a linhagem da promessa; ou até Adão, na condição de Filho do Homem, para que introduza bênçãos ao homem; ou em vez de nos relatar o Seu ministério ativo, na condição do grande profeta que havia de vir, João nos mostra uma Pessoa divina no mundo, o Verbo feito carne.
Paulo e Joõ nos fazem reconhecer que estamos numa posição inteiramente nova em Cristo. Mas João se ocupa principalmente em revelar-nos o Pai por meio do Filho e também da vida pelo Filho em nós. Já os escritos de Paulo nos mostram Deus e nos revelam os Seus conselhos na graça. Temos de considerar também que somente os escritos de Paulo falam da Igreja, à exceção de Pedro (1Pe 2), que menciona a edificação de pedras vivas que formam um edifício ainda não concluído. Somente Paulo, porém, fala da Igreja na condição de Corpo de Cristo.
Novo Testamento

- extraído da “Introdução aos livros da Bíblia” de J. N. Darby –

Observações Gerais

O Novo Testamento é de caráter bem distinto do Antigo Testamento. Este nos apresenta a revelação dos pensamentos que Deus comunicou aos que foram os instrumentos dessa revelação, o que nos faz adorar a sabedoria manifestada ali. Deus, contudo, está sempre encoberto atrás do véu. No Novo Testamento, Deus se manifesta. Nos evangelhos, encontramos a Ele próprio: gentil, bondoso, humano, Deus sobre a terra. Em seguida, vemo-Lo irradiando a luz divina nas comunicações subseqüentes do Espírito Santo. Antigamente, Deus fazia promessas e também executava os Seus juízos. Ele governara um povo na terra e havia interagido com as nações por causa desse povo. Deus outorgou-lhe Sua Lei e deu-lhe uma luz crescente por meio dos profetas. A vinda daquele que havia de lhes falar todas as coisas referentes a Deus é claramente anunciada. Mas a presença do próprio Deus, homem no meio de homens, modificou tudo. Ali, Deus deveria ter sido recebido, na pessoa de Cristo, como coroa de benção e de glória. E Sua presença deveria ter banido todo o mal, revelado e conduzido à perfeição todo elemento do bem e proporcionando, ao mesmo tempo, um objeto e um centro para todas as afeições, rendidas em perfeita felicidade, para alegria desse objeto. No entanto, ao rejeitar a Cristo, nossa natureza miserável mostrou o que realmente é: inimizade contra Deus. Ela tornou evidente a necessidade de uma ordem inteiramente nova de coisas, onde a felicidade do homem e a glória de Deus estivessem fundamentadas sobre uma nova criação. Sabemos o que aconteceu. Ele, que era a imagem do Deus invisível, teve de dizer, após o exercício de uma perfeita paciência; “Pai justo, o mundo não te conheceu”, e ainda mais: “Agora, viram-nas (as minhas obras) e me aborreceram a mim e a meu Pai” (Jo. 17:25; 15:24).
Entretanto, esse estado triste do ser humano não conseguiu impedir que Deus levasse a efeito os Seus conselhos. Ao contrário, deu-lhe ocasião de glorificar a Si mesmo quando os cumpriu. Deus não queria rejeitar o ser humano antes que este O rejeitasse. Assim fora no jardim de Éden: o ser humano, consciente do pecado, não podia suportar a presença de Deus e afastou-se Dele antes de Deus o expulsar do jardim. Mas quando o homem, por sua vez, rejeitou a Deus, que viera bondosamente ao encontro de sua miséria, Deus ficou livre – se podemos ousar dizer assim, pois expressão é moralmente correta – para perseguir os Seus desígnios eternos. Ora, nesse caso, Deus não executa a sentença, como fez no Éden, onde o ser humano foi lançado fora de Sua presença. Mas a graça soberana, embora o homem seja irrevogavelmente perdido e se tenha declarado inimigo de Deus, persegue a Sua obra fazendo brilhar a Sua glória aos olhos do Universo pela salvação dos pobres pecadores que haviam rejeitado a Deus. No entanto, para que a sabedoria de Deus fosse manifestada até mesmo nos detalhes, essa obra da graça soberana, na qual Deus Se revelou, devia estar de acordo com todos os Seus caminhos, revelados anteriormente no Antigo Testamento, deixando também espaço suficiente para o Seu governo sobre o mundo.
De tudo isso, resulta que, além da grande idéia dominante, há, no Novo Testamento, quatro temas que se desenvolvem diante dos olhos da fé.
(1) O tema por excelência é que a luz perfeita está manifestada: Deus revela a Si Mesmo. Mas essa luz é manifestada no amor – o outro nome essencial de Deus. Cristo, que é a manifestação dessa luz e desse amor e que, se tivesse sido recebido, teria sido o cumprimento de todas as promessas, é apresentado ao ser humano e, em particular, a Isael (contemplado em sua responsabilidade), com todas as provas pessoais, morais e de poder que fazem com que esse povo não tenha desculpa.
(2) Então, sendo Cristo rejeitado, essa rejeição se revela o meio que torna a salvação possível. Uma nova ordem de coisas (a nova criação, o homem glorificado, a Igreja participando da glória celestial com Cristo) é colocada diante de nossos olhos.
(3) Em seguida, a conexão entre a nova e antiga ordem de coisas com respeito à Lei, às promessas, às profecias e às instituições divinas sobre a terra, é claramente exposta. A nova ordem de coisas é apresentada como cumprimento da antiga, e é posto de lado tudo aquilo que havia envelhecido, sendo mostrado o contraste existente entre ambas e destacada a sabedoria perfeita de Deus em todos os Seus caminhos.
(4) Finalmente, o governo do mundo por parte de Deus é colocado em evidência, e a palavra profética anuncia os juízos e as bênçãos que acompanham a retomada das relações entre Deus e Israel, rompidas por ocasião da rejeição do Messias.
Talvez convém acrescentar-se que tudo que é necessário ao ser humano, como peregrino sobre a terra, até que Deus cumpra em poder com os desígnios de Sua graça, lhe foi abundantemente fornecido. A partir daí, o homem que obedece ao chamado de Deus (embora ainda não esteja de posse daquilo que Deus preparou para ele) tem necessidade de algo que lhe dê direção. Ele precisa conhecer as fontes de poder necessárias à sua caminhada em direção ao alvo de seu chamado e os meios de se apropriar desse poder. Deus, depois de convidá-lo a seguir ao Mestre rejeitado pelo mundo, não o deixa sem luz e todas as instruções que lhe irão iluminar o caminho e mantê-lo no rumo certo.
2 Coríntios

Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 2Coríntios 4:6

A segundo epístola aos Coríntios trata não da ordem na igreja, mas do serviço em conexão com a igreja: como a presença do Espírito Santo na igreja se manifesta, seja na vida prática, seja no ministério. O próprio Paulo é exemplo de trabalho abnegado, gastando-se e sendo gasto por amor aos santos de Deus. Os sofrimentos do apóstolo, causados por sua devoção ao ministério de Cristo, a perseguição do mundo, os cruéis ataques dos falsos irmãos, o ressentimento das pessoas que ele mais esperava que o abençoassem, a profunda angústia de sua alma, as suas dores, as suas aflições, o seu terno amor e a sua simpatia – tudo isso é destacado nessa tocante epístola.
A suficiência de Paulo, entretanto, era Deus – o grande Deus, cuja luz brilhou em seu coração manifestando a transcendente glória de Seu ser na face de Jesus Cristo. Apesar de estar em vaso de barro, era um tesouro a ser manifestado no exercício do ministério a todos os que viessem a ouvi-lo. O ministério da glória de Cristo representava para Paulo tamanha bem-aventurança que ele foi conduzido nas asas da infinita graça através de todas as provações do caminho, até o ponto de declarar: “Tudo isso é por amor de vós [...]. Por isso, não desfalecemos [...]. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente (4:15-17).
Essa epístola constitui, portanto, um maravilhoso encorajamento a que continuemos firmes no serviço a favor do próximo, a despeito de qualquer tentativa de Satanás de nos desanimar o coração ou nos enfraquecer as mãos.
1 Coríntios

Nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos. Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. 1Coríntios 1:23-24

Corinto significa “saciado”, “satisfeito”, e 1Coríntios é uma carta escrita para corrigir as desordens e as imoralidades toleradas naquela ali nos dias da igreja primitiva. Apresenta-nos a epístola sólidos e práticos princípios de governo e ordem para a assembléia local, elementos muito necessários à Igreja de Deus em todo o mundo. O fato de tais princípios serem imperativos e de aplicação universal é sublinhado nas seguintes passagens: 1:2; 4:17; 11:16; 14:33-37.
A cidade de Corinto era o centro da filosofia grega, contudo moralmente degradada. Por isso, a sabedoria do mundo é descartada no capítulo 1 e substituída pela revelação de Deus mediante o Seu Espírito no capítulo 2, porque o “homem atual não compreende as coisas do Espírito de Deus” (2:14).
A sabedoria humana é incapaz de ordenar o andamento das coisas na Assembléia. Mas a Palavra de Deus, aplicada pelo Espírito ao coração e à consciência, é suficiente para manter todas as coisas funcionando de acordo com mente de Deus. O orgulho intelectual é rejeitado nos capítulos 1 e 2; a corrupção carnal é condenada nos capítulos 3 a 7; a comunhão com demônios por meio da idolatria é alvo de advertência nos capítulos de 8 a 10. Nos capítulos de 11 a 14, encontramos detalhes essenciais quanto à verdade e à prática da Igreja.
Além da ordem na casa de Deus, outro aspecto enfatizado em todo o livro é a unidade do Corpo de Cristo (esta, porém, na observância de uma separação de todas as associações que não sejam santas). Essa unidade é vista, por exemplo, em uma precisa diversidade de dons, cujo exercício requer dependência de Deus. A importância da sã doutrina também é um aspecto vital, e capítulo 15 salienta a verdade da ressurreição de Cristo e a de seus santos, por ocasião de Sua vinda, como algo fundamental para o testemunho da Igreja de Deus.
Romanos

... sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus... Romanos 3:24

Na carta aos Romanos (“os fortes”), temos as verdades que constituem o fundamento do cristianismo. Nesse livro, Deus é o Soberano Juiz, absoluto em justiça, aquele que descobre e expõe o pecado de toda a humanidade, não aceita nenhuma justificativa e não admite o mal, mesmo em níveis mínimos. Todos são apresentados como culpados diante de Deus (3:19); Contudo, em perfeita justiça, Ele também oferece a completa justificação da culpa, com base na “redenção que há em Cristo Jesus”, o grande Substituto que, por meio de Seu sacrifício, suportou a punição devida pelo pecado. Em razão disso, todo verdadeiro crente em Cristo é inocentado de qualquer acusação e declarado justo diante de Deus.
O significado da cruz também é apresentado em relação ao livramento do poder do pecado que habita em nós. Essa verdade é apresentada de forma a ajudar o pecador ainda no início de sua jornada de fé e conduzi-lo através das aflições pelas quais irá passar, ao sair da escravidão e das trevas e ingressar na liberdade e na luz, firmando os pés nos caminhos da justiça.
Nos capítulos 9, 10 e 11, somos informados de que os propósitos e caminhos de Deus em relação a Israel estão em consonância com as verdades agora reveladas no cristianismo. Deus é o grande Vencedor, e, como conseqüência, os que confiam Nele são abençoados. A partir do capítulo 12, recebemos instruções quanto à conduta prática baseadas no sólido e eterno alicerce da graça justificadora de Deus.Romanos é um livro formidável, porque traz firmeza e paz à alma, para então habilitá-la à prática de toda virtude piedo
Atos

Os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Atos 4:33

Atos dos apóstolos, que alguns também designam como “Atos do Espírito Santo”, é o relato do modo pelo qual a sabedoria divina ordenou os fatos para gradualmente conduzir as pessoas na transição da dispensação da Lei (anteriormente estabelecida por Deus) para a plena liberdade da dispensação da “graça de Deus”. Aqui, quando os apóstolos são usados por Deus para estabelecer o cristianismo, percebe-se de uma forma muito bela o poder e o agir do Espírito Santo.
A obra começa em Jerusalém, no capítulo 2, quando o Espírito Santo desce do céu para a terra e se espalha. No capítulo 7, Israel martiriza Estevão e assim, como nação, friamente rejeita o segundo apelo da graça divina a eles dirigido (já haviam antes rejeitado ao seu Messias). É então que Deus levanta o apóstolo Paulo como mensageiro especial aos gentios. Assim, a graça divina se estendeu ao mundo inteiro. A Igreja de Deus é formada pelo poder do Espírito de Deus, e os crentes, judeus e gentios, são batizados em um só corpo.
Observa-se nesse livro o grande cuidado de nosso Deus em preservar uma unidade genuína e viva, tanto da obra divina quanto de todos os santos ao redor do mundo. Afinal, eles agora são unos e constituem a Igreja, o Corpo de Cristo!
A realidade, a simplicidade e o frescor dos primeiro dias da Igreja e a piedosa manutenção da ordem e da unidade, sem a necessidade de organizações e esquemas humanos, transmitem uma importantíssima instrução para a nossa alma. Tudo isso nos revela, de modo inigualável, a suficiência de Cristo como o Centro para o qual todo o Seu povo é atraído e também a suficiência do poder do Espírito de Deus para cada atividade espiritual – adoração, comunhão, serviço ou testemunho. Fica evidenciado que não é necessária a intervenção do homem, ainda que bem-intencionada, em qualquer uma das funções da verdadeira Igreja de Deus!
João

O verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. João 1:14

João (“Javé é Doador gracioso”) é um evangelho singular em sua glória majestosa. Aqui, o Senhor Jesus é mostrado como o próprio Criador, o eterno e unigênito Filho de Deus, enviado pelo Pai para revelar plenamente a Sua glória. Isso é muito mais que autoridade, serviço ou graça: é a luz e o amor do eterno Deus. Ele, uma Pessoa divina, é aqui o Objeto de nossa reverente adoração.
Esse evangelho, portanto, não é sinótico, ou seja, não apresenta uma visão geral da vida e obra do Senhor na terra, como os outros três. João atrai nossa atenção para a Pessoa e as palavras do Senhor, conforme testemunhado até pelos Seus inimigos: “Nunca homem algum falou assim como este homem” (Jo. 7:46). Os milagres e parábolas relatados aqui também fornecem provas inequívocas de Sua glória pessoal e divina. Nesse livro, temos declarações como: “Em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou” (Jo. 8:58). Os sete “Eu Sou” do evangelho de João são bastante conhecidos e apontam para a Sua divindade.
A serenidade e a nobreza do relato da crucificação prendem completamente a nossa atenção, pois aqui o Seu serviço é visto sob o caráter do holocausto (Lv. 1). Nesse tipo de oferta, a fumaça sobe como aroma agradável às narinas de Deus. O holocausto era o sacrifício que servia exclusivamente para glorificar a Deus.
A doce simplicidade desse livro o faz compreensível até para a menos culta das criaturas. Ao mesmo tempo, o profundo significado de suas mensagens desperta admiração sincera dos maiores estudiosos.
Lucas

Ele lhes disse: Por que estais perturbados, e por que sobem tais pensamentos ao vosso coração? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. Lucas 24:38-39

Lucas (“uma luz”) é o único gentio de que se tem conhecimento encarregado de escrever um livro das Escrituras. Cristo é aqui belamente apresentado como o “Filho do Homem”, e cada parte do livro foi estruturada para demonstrar a realidade e perfeição de Sua humanidade. Nesse livro, o Seu nascimento é anunciado e devidamente registrado, bem como o Seu crescimento em sabedoria e estatura, a Sua simpatia e interesse pelo bem-estar das pessoas, o Seu “desejo” de comer com os discípulos, as Suas palavras de perdão na cruz, as evidências apresentadas aos discípulos de que a ressurreição de Seu corpo foi real e a Sua ascensão física ao céu.
Mateus destaca a autoridade de Jesus, e Marcos, o Seu serviço. Em Lucas, é a graça que brilha esplendidamente, a qual veio não somente para Israel, mas transbordou, alcançando também os gentios. As parábolas e os milagres do Senhor Jesus registrados nesse livro ilustram de maneira notável esse fato.
Por essa razão, a graça que se deleita em abençoar e elevar a alma à presença de Deus não pode ser satisfeita com nada menos que a comunhão cordial e desembaraçada de Seus santos.
Em Lucas, o sacrifício de Cristo assume o caráter de oferta pacífica (descrita em Levítico). Portanto, a Sua obra é enfatizada sob o aspecto de que Deus e a humanidade foram reconciliados em paz e concordância. Por meio dessa obra, tanto Deus quanto o Sacerdote (Cristo), e também os ofertantes (os que crêem), receberam cada um sua porção. É como se todos estivesse comendo juntos, como na oferta pacífica de Levítico 3.
2 Timóteo

Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes, participa das aflições do evangelho, segundo o pode de Deus. 2 Timóteo 1:8

2 Timóteo também trata da responsabilidade pessoal com a Igreja. Esta é a última epístola de Paulo, que a escreveu na prisão, sabendo estar prestes a morrer por causa de seu testemunho do Senhor. Aqui ele não fala mais da “casa de Deus”, e sim de uma “grande casa” (2:20), aquela que anteriormente havia sido em certa medida de pureza e verdade a casa do Senhor, tinha degenerado a ponto de haver nela erros grosseiros e vasos para desonra. Além disso, todos na Ásia se afastaram de Paulo, obviamente por não querer mais escutar seus ensinamentos.
Contudo, ele não estava desanimado. Na verdade, com alegria no coração ele encoraja e fortalece o jovem Timóteo a superar a timidez, a não se envergonhar do testemunho do Senhor, a manejar bem a palavra da verdade, a fazer pleno uso de tudo o que tinha aprendido a fim de se firmar e consolidar em Deus. Ele não deveria negligenciar nada disso, quer fosse no trabalho de evangelista ou na ministração do povo de Deus. O segundo capítulo lista oito importantes aspectos da vida cristã e é excelente para qualquer pessoa que deseja sinceramente servir ao Senhor hoje em dia.
Portanto, para dias de desinteresse e negligência espiritual, 2 Timóteo traz grande encorajamento para os justos, porque mostra que Deus conhece antecipadamente todas as situações nos dá provisão para enfrentarmos os momentos difíceis. O significado do nome de Timóteo é “Honra a Deus” e não importa que tipo de desonra a cristandade professa tenha causado ao nome do Senhor, os que realmente crêem são capazes de honrar a Deus em qualquer circunstância.
1 Timóteo

E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória. I Timóteo 3:16

1 Timóteo (“Honra Deus”) é um livro escrito para uma pessoa, um jovem por que Paulo tinha um profundo amor. Sendo de natureza tímida e retraída, mas dotado por Deus, ele necessitava ser estimulado a reavivar o sendo de responsabilidade em relação a uma atitude adequada “na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo”. O seu ministério lhe for confiado por amor ao bem estar da Igreja, o corpo de Cristo. Ele foi chamado também para assegurar que a sã doutrina fosse conservada na igreja local, e para que a ordem fosse mantida pela instrumentalidade de anciãos e diáconos fiéis.
A igreja também era para ser um lugar de oração (capítulo 2); e no capítulo 3 é dito que ela é “a coluna e firmeza da verdade” – uma testemunha do Deus manifestado na carne ou seja, da humanidade de Jesus; da pública confirmação de Sua divindade por meio da descida do Espírito Santo sobre Ele no batismo e do poder da unção divina visto em Sua vida. Ela é também uma testemunha que, em Cristo, Deus apareceu aos anjos, os quais nunca O tinham visto antes. E que Ele foi pregado aos gentios, por meio da difusão mundial do evangelho a toda a humanidade. “Crido no mundo”, não importa se por muitos ou por poucos, mas essa revelação de Deus tem chegado até nós. “Recebido acima, na glória”, completa a lista dos abençoados fatos que a igreja dá testemunho.
As instruções escritas neste livro são úteis para nos ensinar sobre a conduta e a vigilância individual devidas à Igreja de Deus.
2 Tessalonicenses

E o próprio nosso Senhor Jesus Cristo, e nosso Deus e Pai, que nos amou e em graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança, console o vosso coração e vos conforte em toda boa palavra e obra. 2 Tessalonicenses 2:16-17

2 Tessalonicenses, como 1 Tessalonicenses, também é pastoral e trata daquelas influências sutis que ameaçavam roubar desta jovem igreja a sua viçosa e ardente afeição pelo Senhor, a robustez de sua fé e sua paciência diante das perseguições. O apóstolo fielmente adverte sobre a vinda do Anticristo em um tempo futuro, mas alertou que o mistério da iniqüidade já operava a fim de destruir tudo o que fosse de Deus. Portanto, somado o encorajamento da primeira epístola estão as fiéis admoestações, o sal que tempera, para preservar o testemunho de Deus.
Os tessalonicenses receberam algumas cartas que diziam que o dia do Senhor tinha chegado. Tais cartas pareciam ser de Paulo, mas, na verdade, era uma engenhosa fraude do inimigo para minar a confiança daquela igreja de que Cristo primeiro viria buscar a Igreja antes do terrível dia do Seu julgamento do mundo. Paulo esclarece isso, e o capítulo 2 é o mais impressionante texto profético sobre o Dia do Senhor, que definitivamente não pode ocorrer antes da Igreja ter sido removida do mundo.
Em contraste com as obras e palavras malignas do Anticristo, os santos são encorajados a se firmarem em toda boa palavra e obra. Novamente a vinda do Senhor é o tema mais importante em cada capítulo. É um livro, portanto, para nos dar discernimento e firmeza espirituais no tocante às coisas que visam enfraquecer o testemunho cristão.
1 Tessalonicenses

Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 1 Tessalonicenses 2:13

1 Tessalonicenses (“vitória sobre a falsidade”) foi a primeira epístola de Paulo do ponto de vista cronológico. Ela está repleta de ânimo, energia e calo. É uma epístola caracteristicamente pastoral, e foi escrita à “igreja dos tessalonicenses”, portanto exemplificando o verdadeiro cuidado pastoral, não apenas dedicado a indivíduos, mas à Igreja de Deus num todo. Esta igreja, formada durante uma breve visita de Paulo a Tessalônica (Atos 17:1-4), se tornou modelo para as demais pela sua disposição de fé em anunciar fervorosamente a Palavra de Deus, em meio a circunstâncias de terríveis perseguições (1:7-8). Fé, amor e esperança são vistas de forma esplendida nesta epístola e na segunda também.
A vinda do Senhor é o assunto mais importante da epístola. No capítulo 1:10, isto é visto como um livramento da ira vindoura durante a tribulação. No capítulo 2:19, está relacionado com o gozo de Paulo ao ver os frutos de seu trabalho na glória com Cristo. No capítulo 3:13, a vinda do Senhor tem em vista a confirmação dos santos na santidade irrepreensível. No capítulo 4:15-18, temos uma preciosa perspectiva da vinda de Cristo para o conforto dos que estão em sofrimento. No capítulo 5, ela é vista como o derradeiro propósito para a santificação do espírito, da alma e do corpo (v.23).Os versículos acima mostram a razão de tanta devoção dos tessalonicenses. A Palavra de Deus era real para eles, era a voz de Deus que ouviam através dela. É através disso que verdadeiros resultados são produzidos. 1 Tessalonicenses é um livro absolutamente estimulante e encorajador
Colossenses

Dando graças ao Pai, que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz. Ele nos tirou da potestade das trevas e no transportou para o Reino do Filho do seu amor. Colossenses 1:12-13

Colossenses (“monstruosidades”) tem muito em comum com Efésios. Mas este livro, contudo, não apresenta os santos com “assentados nos lugares celestiais”, mas antes os considera como peregrinos andando no deserto deste mundo. No entanto, a provisão para a jornada vem do céu, e a plenitude desta provisão é belamente vista na Pessoa de Cristo. “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (2:9).
Juntamente com esta “plenitude”, as palavras “tudo”, “toda” e “todo” são usadas constantemente. Isso era necessário par adverti-los sobre dois perigos que grassavam em Colossos: de um lado, as várias filosofias, que apelavam somente ao intelecto; por outro, o misticismo religioso que era um insulto ao intelecto, embora ambas estavam curiosa e frequentemente misturadas, originando diversas doutrinas monstruosas e conflitantes. A primazia da liderança de Cristo é a resposta definitiva e abençoada de Deus para tal situação.
Cristo é visto como o Cabeça de toda a criação e também como a Cabeça do corpo, a Igreja. Ele irá reconciliar todas as coisas no céu e na terra, mas gora Ele já reconciliou todos os crentes com Deus. Ele, na pessoa do apóstolo Paulo, fez provisão tanto para o ministério do Evangelho como para o da Igreja. Em tudo isso há provisão tanto para o mundo quanto para a igreja.
Em Colossenses encontramos sustento, o alimento espiritual, que nos preservará do mal nas suas formas mais sutis.
Filipenses

E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo. Filipenses 3:8

Filipenses (“Amantes de Cavalos”) é uma encorajadora epístola pastoral. Foi escrita a uma igreja afligida pela pobreza, mas que mantinha uma sincera afeição por Paulo desde que foi fundada onze anos antes. A epístola apresenta a vida cristã genuína como se fosse uma pista de corridas que leva à glória de Deus. O próprio Paulo é exemplo disso, e embora estivesse na prisão, o seu gozo, que é ao mesmo tempo vibrante e sereno, permeia todo livro. Cristo era tudo para Paulo – este era o segredo puro e simples. No capítulo 1, Cristo era o próprio Motivo da vida; no capítulo 2, Cristo era seu Exemplo; no 3, Cristo era seu Objeto e no capítulo 4, Cristo era sua Força.
O capítulo 2 contém uma magnífica declaração da grandeza da humilhação voluntária do Senhor Jesus, que da mais alta glória desceu até as profundezas do sofrimento e morte na cruz. A resposta de Deus a isso foi exaltá-lo como Homem acima de todo nome nos céus, na terra e debaixo da terra (vv. 5-11).
Tal Pessoa cativou o amor e a admiração do apóstolo Paulo. Por isso, ele não apenas suportava as adversidades pacientemente, mas se alegrava em ver em cada uma delas oportunidade para louvar e glorificar o Senhor Jesus.
Esse maravilhoso triunfo da fé torna a mensagem de Filipenses extremamente preciosa para encorajar tal fé em nosso própria alma.
Efésios

Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo. Efésios 1:3

Efésios (Éfeso significa “desejo”) é uma espístola sem nenhuma reprovação. Ela declara, de modo amplo, os grandes conselhos de Deus acerca dos santos na atual dispensação da graça, as atuais “bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” que possuem e a posição deles “em Cristo Jesus”, visto que os “fez assentar nos lugares celestiais”. Cristo, em conformidade com a glória de Sua pessoa e o infinito valor de Sua obra, é decretado o Centro de bênçãos de todo o universo: por meio dele nos foi dada uma herança. Ele está assentado no trono de Seu Pai, e lá nos representa perfeitamente, porque nós estamos nele. Judeus e gentios formam um só corpo unido em glória à Cabeça, Cristo.
Além de ser o corpo de Cristo, a igreja é vista também como a casa de Deus, um templo santo edificado para ser habitação de Deus, e finalmente ser conhecida como a noiva preparada para seu Noivo. Tais verdades não eram conhecidas nem mesmo foram profetizadas até então, mas agora foram reveladas por meio dos apóstolos e profetas. Nossa luta também é vista acontecer nos “lugares celestiais” contra “as hostes espirituais da maldade”, ou seja, os poderes satânicos, ocupados a impedir que tenhamos discernimento espiritual e gozo das verdades celestiais no tocante ao que é nosso por direito.
Nenhum livro é mais importante que Efésios em relação à busca de um caráter condizente com a nossa união com Cristo nos lugares celestiais.
Gálatas

Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. Gálatas 6:14

Escrito para as igrejas da região da Galácia, o livro de Gálatas é uma séria advertência contra a doutrina maligna pela qual as obras da lei seriam o padrão para o andar e a conduta do crente. Embora salvos pela graça através da fé, eles haviam acrescentado a lei como o princípio que conservaria a salvação deles, e tal mistura é abominável a Deus, o Deus de toda a graça.
O apóstolo mostra que a abençoada Pessoa de Cristo, e não a lei, é o padrão para a vida do crente e que andar com Deus só é possível mediante o poder do Espírito Santo. A cruz de Cristo é apresentada como o instrumento por excelência para liquidar qualquer expectativa do homem de ser aceito por Deus mediante as obras da lei, e por meio dela, o crente está crucificado para o mundo, separado, portanto, da esfera de atuação da lei. Ele agora é “nova criatura” e, portanto, não deve mais andar na carne, mas no Espírito.
No capítulo 4, a morte de Cristo é vista como nossa redenção da escravidão da lei para que pudéssemos ser introduzidos na liberdade e dignidade da condição de filhos de Deus. Uma posição que nunca antes conhecida no Antigo Testamento, mas que é verdadeiro de todos os santos que vivem na dispensação da graça.
A mensagem de Gálatas é essencial para nos preservar do egoísmo, da confiança na carne e dos incontáveis males resultantes do legalismo.
Marcos

O Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos. Marcos 10:45

Marcos (“defesa”), de forma concisa e eficaz, relata o serviço do Senhor Jesus Cisto, pois O retrata como o perfeito Servo de Deus. A linguagem é direta e simples, e a descrição dos eventos está em ordem cronológica, ou seja, na ordem em que realmente ocorreram. Nenhum dos outros escritores dos evangelhos seguiu essa ordem: cada um escolheu a mais apropriada a sua ênfase temática. O humilde e incansável serviço do Senhor Jesus brilha esplendidamente nesse evangelho, onde as cenas rapidamente evoluem de uma para outra. O perfeito Servo satisfazia a necessidade de incontáveis almas, no tempo perfeito e de maneira perfeita.
A Sua morte, de igual modo, é o sacrifício daquele perfeitamente consagrado à vontade de Deus, uma obra que satisfaz as mais profundas necessidades da alma humana.
O seu sacrifício é visto aqui sob o caráter de oferta pelo pecado. Não que Ele tenha simplesmente levado sobre si os nossos pecados, mas suportou todo o juízo contra o pecado (a horrenda raiz dos pecados), o princípio original de tudo o que se opõe a Deus. Também nessa questão o Senhor Jesus serviu a Deus em absoluta devoção, mesmo quando se interpôs a terrível necessidade de que Deus o abandonasse naquelas três horas de indizível agonia.
É notável a freqüência com que Marcos usa a expressão “e logo”, ou seja, “sem demora”, “imediatamente”. Nesse precioso caráter de Servo, o Senhor Jesus não deve ser apenas admirado por Sua devoção, deve também ser seguido como Exemplo por aqueles que são salvos pela Sua graça.
Mateus

Ide, portanto, e fazei discipulos de todas as etnias, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espirito Santo. Mateus 28:19


Mateus (cujo nome significa “dom de Deus”), o primeiro livro do Novo testamento, foi escrito do ponto de vista judeu preserva uma admirável continuidade com o Antigo Testamento. Mateus apresenta o Senhor Jesus como o tão aguardado Messias de Israel e também o seu Rei. Sua genealogia, portanto, remete a Davi e Abraão. A genealogia apresentada é a de José, marido de Maria, fato que oficialmente habilita Cristo ao trono de Davi.
Mateus é também o único livro da Escritura Sagrada que traz a expressão “o Reino dos céus”. Isso nos mostra as conseqüências fracasso total e Israel. Enquanto estavam sob a lei de Moisés, a autoridade do Reino de Javé fora confiada aos Judeus, sendo Jerusalém a sede do governo. Deus agora estava lhes subtraindo esse privilégio, e o Seu reino agora teria a sede no céu. Ele outrora havia falado na terra, no meio dos judeus: agora falava do céu. Pó essa razão, Mateus se refere ao Reino de Deus como “o Reino dos Céus”. Esse evangelho nos mostra de modo claro e impressionante a mudança nos caminhos dispensacionais de Deus, pois o Cristo, o verdadeiro Rei, veio a este mundo e retornou ao céu.
Em razão disso, é coerente que Mateus insista na total sujeição e obediência à soberana autoridade do Senhor Jesus, e não à lei, mas àquele que está muito acima dela. A autoridade (e não a graça, como em Lucas) é o grande tema do livro de Mateus. Como seria bom se essas lições fossem implantadas profundamente em nosso coração!

sábado, 20 de junho de 2009

Salmos

Os salmos expõem esse estado de coisas mais explicitamente que qualquer outro livro das Escrituras. São dois os princípios que constituem a base do livro em seu conjunto. Primeiro: existe, em meio aos maus, um remanescente que crê em Deus. Segundo: o Senhor e o Seu Ungido enfrentam oposição da parte do povo e das nações (Salmos 1 e 2). Temos também os conselhos de Deus em Seu Ungido, Filho de Deus e Rei e depois Dominador de toda a terra. Se Ele for rejeitado, então os fiéis deverão sofrer e tomar a própria cruz (Salmos 3-7). No salmo 8, Ele é apresentado como o Filho do Homem colocado sobre todas as obras de Deus. Com o salmo 9, inicia-se a história do remanescente no meio de Israel. Certos princípios servem de guia à leitura desse livro. Sabemos que os salmos são divididos em cinco livros: 1 a 41; 42 a 72; 73 a 89; 90 a 106; 107 a 150. O método seguido nos salmos, de modo geral, é iniciá-los com um pensamento principal e fundamental e depois acrescentar as experiência do remanescente nas circunstâncias apresentadas como base.
Assim, no primeiro livro os salmos 9 e 10 são a base; os salmos seguintes, até o final do salmo 18, expressam os sentimentos que têm ligação com ela. Mas os últimos três nos apresentam mais diretamente a Cristo. O salmo 18 é notável por associar toda a história de Israel, da saída do Egito até o final, aos sofrimentos de Cristo. Os salmos de 19 a 21 apresentam diversos testemunhos acerca de Deus: a criação, a Lei e Cristo. O salmo 21 mostra a introdução de Cristo na glória. O salmo 22 apresenta-O não só em conexão com os judeus, mas como feito pecado diante de Deus. Antes do salmo 25, não encontramos confissão de pecados. Nesse primeiro livro, o enfoque repousa sobre a pessoa de Cristo. Quanto ao remanescente, ele se encontra em Jerusalém, porém na presença dos maus.
No segundo livro, o remanescente é visto fora de Jerusalém. No salmo 45, o Messias é introduzido, e daí em diante encontramos o nome do Senhor (ou Javé). E, quando encontramos esse nome, a fé reconhece a relação entre o povo e seu Deus (compare salmo 14 com salmo 53). Observe mais uma vez que o primeiro ou os primeiros versículos de cada salmo habitualmente apresentam o assunto (ou tese), e os versículos seguintes descrevem o caminho para chegar à conclusão. Nessa segunda divisão do livro, as aflições de Cristo ocupam bastante lugar, depois vêm os desejos de Davi por estabelecer o seu filho no reino milenar.
O terceiro livro, ao mesmo tempo em que menciona Judá e Sião, contempla Israel como um todo, fazendo um retrospecto da história do povo, seguindo-a até o pacto firmado com Davi e sua semente.
O quarto livro, depois de recordar Moisés e lembrar que o Senhor sempre fora o Deus de Israel e após mencionar o Messias e o sábado, apresenta por fim o Senhor em Sua vinda para estabelecer o Seu Reino. Descreve a Sua comitiva descendo das alturas até assentar-se entre os querubins e até que as nações sejam convocadas a se prostrar diante dEle e Lhe render culto. Nesse livro, encontramos os princípios do governo de Cristo, a Sua rejeição, a Sua divindade e a duração de Seus dias como homem Ressuscitado. Finalmente, temos a benção do povo e do mundo mediante a Sua presença. Deus se lembra da promessa que fez a Abraão. Israel tem se portado com infidelidade, mas Deus, por graça, jamais Se esquece deles.
O quinto livro estende-se até o período final. Descreve os princípios e os caminhos do Senhor, o retorno do povo à sua terra (os Cânticos dos Degraus) e Cristo entrementes assentado à destra de Deus, como Filho de Davi, feito Senhor. A benignidade do Senhor dura para sempre; a Lei está escrita no coração do Israel que outrora se havia desviado. Então, depois dos Cânticos dos Degraus e do julgamento da Babilônia, vem o grande Hallel (ou aleluia): uma série de cânticos de louvor. Os únicos salmos que descrevem o Reino propriamente dito são o 72 e o 145.
O livro dos Salmos começa mostrando um Cristo rejeitado; depois, fazendo menção de Sua volta para estabelecer o Reino, fala-nos dos caminhos do povo e de seu restabelecimento na terra. É notável que, nos Salmos, jamais encontramos a Deus na condição de Pai nem os sentimentos pertinentes à filiação (e/ou adoção). A confiança, a obediência, a fé em meio às dificuldades, a dedicação (como no salmo 63), a fé nas promessas, a fidelidade – tudo isso encontramos nos salmos, porém jamais a relação pai e filho. Por não atentar a esse ponto, o caráter da piedade de várias almas sinceras foi rebaixado pela própria leitura desse precioso livro.
Eclesiastes

Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol. Eclesiastes 2:11 (ARA)

Eclesiastes (“o pregador”) também foi escrito por Salomão, porém quando já era mais velho. É notável o contraste desse livro com o de Provérbios. Inspirado por Deus, Salomão revela os resultados de toda a sabedoria humana, das aspirações e das vantagens terrenas, da satisfação que a riqueza e o conhecimento podem proporcionar, das coisas, enfim, que prometem a mais elevada felicidade sobre a terra. Estando o rei numa posição que lhe permitia usufruir todas essas coisas de maneira ilimitada – Salomão era mais rico e mais sábio que qualquer outro homem - , aprendeu por amargas experiências que “tudo era vaidade e correr atrás do vento” (ARA).
Permita-nos mencionar, cautelosamente, que tais considerações simplesmente tratam do proveito que há nas coisas materiais “debaixo do sol”, ou seja, é uma abordagem do ponto de vista terreno. Aprendemos com isso que, à parte das revelações dadas por Deus, a história da humanidade é desesperadamente miserável. Quão maravilhoso é o contraste que se verifica na descrição neotestamentária que o Senhor Jesus Cristo faz da glória de Deus, que Ele nos revelou, e da eterna herança dos santos na luz!
Eclesiastes não deve, pois, ser considerado uma revelação de ensinamentos doutrinários da parte de Deus. O que temos aqui é o autor inspirado demonstrando os pensamentos do ser humano e as conclusões a que este chega, independente da suprema revelação dos pensamentos de Deus. Dessa forma, o livro somente enfatiza que devemos buscar numa instância mais elevada a plena verdade que irá satisfaze a necessidade de nosso coração. Essa verdade está plenamente provisionada na bendita pessoa de nosso Senhor Jesus, em quem se manifestou toda a glória de Deus.
Salmos

Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Salmos 1:1

O livro dos Salmos é poético, assim como o de Jó. Trata-se de uma coletânea de vários compositores inspirados por Deus: Davi, Asafe, os filhos de Cora, Hemã, Etã, Moisés, Salomão e possivelmente outros desconhecidos. Ainda assim, as composições estão ordenadas em uma perfeita seqüência, conforme determinou o Espírito Santo. Eles transbordam de consolação ao tratar dos sentimentos do coração nas circunstâncias mais diversas, e mostram a resposta de Deus a cada necessidade da alma.
Acima de tudo, os Salmos nos falam de Cristo. Neles, temos descrito os Seus sentimentos ao empenhar-se pela glória de Deus e pela benção das almas; ao sofrer como o humilde Homem de dores; ao ser perseguido pelos homens; ao suportar a angústia da cruz e o abandono de Deus; ao considerar os bem-aventurados resultados de Sua obra; mas também ao irar-se diante da maldade do homem – enfim, podemos considerar os Seus sentimentos nas diversas situações que enfrentou. Contemplá-los é um maravilhoso bálsamo para o nosso coração.
É oportuno lembrar, contudo, que os Salmos foram escritos do ponto de vista judaico e que a benção de Israel, bem como as aflições, dores e castigos desse povo, estão em destaque aqui. Assim, temos nesse livro profeticamente a história de Israel através de todas as suas tribulações até, por fim, ser estabelecido na glória do reino milenar. Mas isso de maneira alguma diminui as bênçãos espirituais aplicáveis a nós: o livro dos Salmos é, pois, de grande valor e consolo para a nossa alma.

Fonte: Leituras Cristãs - Depósito de Literatura Cristã


Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza. Jó 42:5-6

Jó, cujo nome significa “o afligido”, é um livro poético, admirado por sua espetacular linguagem. Pelas evidências, Jó viveu na mesma época que Abraão. Embora fosse o homem mais íntegro sobre a terra, Deus permitiu que ele sofresse intensamente nas mãos de Satanás. Seus três amigos, suspeitando de que, para merecer tal sofrimento, Jó devia ser culpado de um tremendo pecado oculto, tentam em suas preleções – inicialmente de forma gentil, mas depois com palavras cada vez mais cruéis – extrair uma confissão dele. Jó reitera a sua inocência e afirma que os procedimentos divinos não tinham causa justificada.
Contudo, justamente esse sentimento de Jó apontava para a causa: Deus julgara necessário manifestar e quebrar a orgulhosa justiça própria de Jó. Depois que os seus três amigos se calam, Eliú, que era mais jovem, intervém com palavras tais a favor de Deus que a consciência de Jó é atingida e ele fica sem resposta. Eliú é definitivamente um tipo do Senhor Jesus, aquele que nos esclarece os caminhos de Deus.
Em seguida, o próprio Deus fala a Jó do meio de um redemoinho. Ele aponta para várias maravilhas da criação que demonstram que a sabedoria do Criador é infinitamente maior do que o ser humano possa conceber e que sabedoria humana, em comparação, não passa de comovente ignorância. Jó aprende a lição e exclama: “Me abomino e me arrependo no pó e na cinza”. Esse foi o ponto decisivo. Depois disso, Jó é de grande valia par nos ensinar o verdadeiro auto-juízo e a sujeição sob a mão de Deus.

Fonte: Leituras Cristãs - Depósito de Literatura Cristã
Ester

Mardecai era grande na casa do rei, e a sua fama saía por todas as províncias; porque o homem Mardodecai se ia engrandecendo. Ester 9:4

O nome Ester significa “estrela”. O livro retrata um período em que os judeus estavam cativos, fora de sua terra, ocultos entre as nações, porém amparados pela providência e pelos cuidados do Deus a quem haviam desobedecido. Ainda assim, Deus não é mencionado nesse livro. Ele está oculto: não pode, abertamente, ligar o Seu nome ao povo, pois a dispersão deles é o castigo da desobediência. Além do mais, eles haviam escolhido permanecer na Pérsia, embora Deus lhes tivesse aberto uma porta para retornar a Israel. Esses judeus não tinham verdadeiro interesse em retornar, como os outros, ao lugar que Deus lhes havia preparado.
Apesar disso, vemos a Sua poderosa mão abençoando o povo com misericórdia e proteção. Essa é uma figura da benção que há de vir, após muitos sofrimentos e perseguição, para os filos de Israel que hoje estão dispersos.
A própria Ester parece nos recordar a beleza que Deus vê em Seu povo, apesar de haverem fracassado e se afastado do Senhor. Mardoqueu é uma figura de Cristo. Em primeiro lugar, por proteger um rei gentio dos que planejavam a sua morte. Em segundo lugar, por ser cada vez mais engrandecido entre os gentios depois de ter sido, inicialmente, marcado para morrer.
O livro ilustra muito bem o cuidado de Deus para com o crente verdadeiro que se torna negligente e desobediente em seus caminhos. Tal pessoa não desfruta mais real comunhão com Deus nem sente alegria na presença dele. Deus, no entanto, continua zelando por essa pessoa, até mesmo por meio de provações, sempre tendo em vista a sua restauração na submissão ao Senhor Jesus.
Neemias

Ide, e comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque esse dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força. Neemias 8:10
Neemias, cujo nome significa “o Senhor conforta”, escreve a história de sua conexão com o remanescente que voltou do exílio. Ele retornou a Jerusalém cerca de treze anos depois de Esdras, comovido pelas notícias que recebera da decadente condição da cidade. Deus concedeu-lhe graça aos olhos de Artaxerxes, rei da Pérsia, a quem servi como copeiro.
Neemias obteve plenos poderes para reconstruir os muros de Jerusalém. Ele era um homem de fé e de energia, além de hábil administrador. Ele foi capaz de organizar os judeus para o trabalho da reedificação dos muros e de infundir neles disposição tanto para o serviço quanto para a luta a favor dos interesses de Deus na cidade. Sua firme resolução, sua sabedoria para esquivar-se das astutas ciladas dos inimigos e suas orações curtas e honestas não deixarão de captar a atenção dos leitores desse livro. Durante toda a narrativa, contudo, sente-se o domínio autoritário do governo persa, que não pode ser ignorado.O livro de Neemias é particularmente útil para os dias atuais, pois ilustra uma realidade: sempre que demonstrarem verdadeira devoção a Deus e determinação para construir um muro de separação que os mantenha separados do mundo e seus males, os santos encontrarão a implacável oposição do inimigo. E, embora tal testemunho possa parecer pequeno e desprezível aos olhos humanos, a fé singela e firme dos que assim procedem nestes dias confusos é preciosa para Deus
Esdras

Servos somos, porém na nossa servidão não nos desamparou o nosso Deus; antes, estendeu sobre nós beneficência perante os reis da Pérsia, para revivermos, e para levantarmos a Casa do nosso Deus, e para restaurarmos as suas assolações, e para que nos desse uma parede em Judá e em Jerusalém. Esdras 9:9.
Esdras, cujo nome significa “ajuda”, foi escrito por um escriba com esse nome. O livro relata uma obra de restauração que Deus operou ao trazer de volta alguns grupos de judeus exilados a Jerusalém. O primeiro grupo retornou sob a liderança de Zorobabel (2:2) com o objetivo de reconstruir o Templo. Isso aconteceu mediante ordem de Ciro, rei da Pérsia, porque naquele tempo os medos e persas haviam conquistado o Império Babilônico. Ciro decretou que os utensílios do Templo (que Nabucodonosor havia levado para a Babilônia) fossem devolvidos ao Templo, que seria reconstruído. Houve inúmeros obstáculos durante a construção, mas Deus, usando os profetas Ageu e Zacarias, finalmente possibilitou a sua conclusão (6:15).
Mais tarde, já no reinado de Artaxerxes, outro grupo retornou a Jerusalém sob o comando de Esdras, sacerdote da linhagem de Arão, incumbido tanto do suporte ao serviço de reconstrução do Templo quanto do estabelecimento de magistrados e juízes conhecedores da Lei, para governar o país.Trata-se de um livro essencial para os nossos dias, porque mostra que aqueles que desejam retornar à verdadeira adoração a Deus, em conformidade com as Escrituras, devem esperar oposição. A fé desses adoradores, contudo, será recompensada, se permanecerem fiéis aos princípios divinos.
O Cântico dos Cânticos (Cantares de Salomão)


O Cântico dos Cânticos expõe à vista a renovação do relacionamento do Filho de Davi com o remanescente fiel de Israel nos últimos dias, quando este lhe será “Hefzibá” (“O Meu prazer está nela”, Isaías 62:4). Observe que o esposo sempre se refere à esposa como “Sulamita”, ao passo que ela o descreve como o objeto de suas afeições, mas raramente se dirige diretamente a ele. É fato que a afeição da Igreja se expressa de maneira mais tranqüila que essa descrita em Cantares. Isso porque a Igreja já usufrui o amor de Cristo. Ela está ciente do amor dele, e o relacionamento está firmemente estabelecido (embora as conseqüências dessa relação ainda não estejam todas efetivadas). O crente individualmente, todavia, pode desfrutar esse relacionamento de maneira mais ampla.
Esdras e Neemias

Os livros de Esdras e Neemias registram a restauração de Judá sob um duplo ponto de vista: no âmbito religioso e como nação civil. A chegada de Esdras acontece depois da vinda de Jesua e Zorobabel, sendo estes um exemplo de homens que agem por fé: cercados por inimigos, eles erguem um altar que sirva de defesa contra eles e contam com o auxílio de Deus (Esdras 3:2). Os profetas Ageu e Zacarias falam da parte de Deus para encorajar os judeus, e Deus respondeu à fé deles. Mais tarde, chega Esdras – homem fiel, devoto e confiante no Senhor: instruído na Lei, ele coloca ordem na conduta do povo. Essa ordem, todavia, sob a influência da inclinação natural do coração humano, parece ter degenerado em farisaísmo no decorrer dos tempos. Em razão do momento, a fidelidade da parte dos judeus implicava que fossem um povo separado para Deus e requeria que a sua genealogia fosse reconhecidamente judaica – especialmente no caso dos sacerdotes – e que se livrassem das mulheres estrangeiras. Neemias restabelece as muralhas e a cidade. É homem fiel e devoto, mas que aprecia fazer menção da própria fidelidade. As Escrituras apresentam esses dois aspectos tal como são.


O livro de Jó mostra-nos o ser humano posto à prova. Poderia ele, um homem renovado pela graça, justo e íntegro em seus caminhos, possuir justiça em si mesmo e subsistir diante de Deus quando confrontado com o poder do mal? Essa é a questão colocada nesse livro. Outra coisa que fica evidente aqui são os caminhos de Deus: Ele sonda os corações e dá-lhes o conhecimento de seu verdadeiro estado diante dEle. Isso se torna tanto mais instrutivo se levarmos em conta que o assunto nos é apresentado fora do contexto de qualquer dispensação ou revelação específica da parte de Deus. Jô é um homem tão piedoso quanto um descendente de Noé o poderia ser. Numa época em que o pecado se espalhava novamente pelo mundo e a idolatria começava a se estabelecer – aliás, a Juiz estava mesmo prestes a puni-la – ,ele não abriu mão do conhecimento do Deus verdadeiro. Em Jó, percebe-se também um coração que, embora “rebelado” contra Deus, mesmo assim conta com Ele; um coração que se volta para Deus, ainda que sem achá-lo; um coração que, por conhecer a Deus, embora insubmisso, reclama para si qualidades que o frio raciocínio de seus amigos não consegue atribuir-lhe. Jô, todavia, se compraz em sua integridade e em seu vestido de justiça própria, que Deus lhe imputa e que o próprio Jô imputara a si. Eliú censura essas coisas nele e explica-lhe os caminhos de Deus. Por fim, Deus se revela a Jô, e o seu coração é quebrantado. Finalmente, Deus o cura e cobre-o de paz e de bênçãos. Esse livro também nos oferece um quadro dos caminhos de Deus com respeito aos judeus, além de ser uma apresentação didática do Espírito sobre o papel de satanás nos caminhos do governo de Deus sobre a terra.

sábado, 13 de junho de 2009

Marcos, O Evangelho

O Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.

Marcos 10:45

Marcos, de forma concisa e eficaz, relata o serviço do Senhor Jesus Cristo, pois O retrata como o perfeito Servo de Deus. A linguagem é direta e simples, e a descrição dos eventos está em ordem cronológica, ou seja, na ordem em que realmente ocorreram. Nenhum dos outros escritores dos evangelhos seguiu essa ordem: cada um escolheu a mais apropriada à sua ênfase temática. O humilde e incansável serviço do Senhor Jesus brilha esplendidamente nesse evangelho, onde as cenas rapidamente evoluem de uma para outra. O completo Servo satisfazia a necessidade de incontaveis almas, no tempo completo e maneira completa.

A sua morte, de igual modo, é o sacrificio daquEle completamente consagrado à vontade de Deus, uma obra que satisfaz as mais profundas necessidades da alma humana.

O seu sacrificio é visto aqui sob o caráter de oferta pelo pecado. Não que Ele tenha simplesmente levado sobre Si os nossos pecados, mas suportou todo o juízo contra o pecado (a horrenda raiz dos pecados), o principio original de tudo que se opõe a Deus. Também nessa questão o Senhor
Jesus serviu a Deus em absoluta devoção, mesmo quando se interpôs a terrivel necessidade de que Deus o abandonasse naquelas três horas de indízivel agonia.

É notável a frequencia com que Marcos usa a expressão "e logo", ou seja, "sem demora", "imediatamente". Nesse precioso caráter de Serviço, o Senhor Jesus nao deve ser apenas admirado por sua devoção, deve também ser seguido como Exemplo por aqueles que são salvos pela Sua graça.
Como manter nossa lingua sob observação e engaiolada?

Um poema de William Norris (jornalista)

Para seus labios se livrarem de escorregoes,
observe cinco coisas com cuidado:

Com quem voce fala
De quem voce fala
E como fala
Quando fala e
Onde fala

Fonte: Crescendo nas Estações da Vida - Charles Swindoll
Racional - Logikós - λογικην

Rm. 12:1

Logikós e o verbete que aparece no texto de Romanos 12:1, quando Paulo fala da caracteristica do nosso culto a Deus. O culto que prestamos a Deus deve ser racional, deve ser algo que fazemos de forma consciente. Nosso irmao Frances Shaffer que ja esta com o Senhor, escreveu um livro cujo conteudo fala que a "fé nao anula a razão", nossa mente nao fica vazia, desligada, em transe, não voa, nao se anula quando estamos servindo e adorando ao nosso Senhor. Paulo e Joao usam o termo sabemos por 27 vezes em suas cartas, a carta aos Filipenses foi escrita para a mente humana, o termo mente aparece 41 vezes em toda a Biblia.
Uma adoração onde somos convidados para esvaziar a nossa mente, nao é um culto inteligente, nao é um culto ao Deus criador que criou a nossa mente.
2 Tessalonicenses

E o proprio nosso Senhor Jesus Cristo, e nosso Deus e Pai, que nos amou e em graça nos deu eterna consolação e boa esperança, console o vosso coração e vos conforte em toda boa palavra e obra.
2 Tessalonicenses 2:16.17

2 Tessalonicenses como 1 Tessalonicenses, também é pastoral e trata daquelas influencias sutis que ameaçavam roubar desta jovem igreja a sua viçosa e ardente afeição pelo Senhor, a robustez de sua fé e sua paciencia diante das perseguições. O apostolo fielmente adverte sobre a vinda do Anticristo em um tempo futuro, mas alertou que o ministério da iniquidade ja operava a fim de destruir tudo o que fosse de Deus. Portanto, somado ao encorajamento da primeira epístola estao as fieis admoestações, o sal que tempera, para preservar o testemunho de Deus.

Os tessalonicenses receberam algumas cartas que diziam que o dia do Senhor tinha chegado. Tais cartas pareciam ser de Paulo, mas, na verdade, era uma engenhosa fraude do inimigo para minar a confiança daquela igreja de que Cristo primeiro viria buscar a igreja antes do terrível dia do Seu julgamento do mundo.

Paulo esclarece isso, e o capitulo 2 é o mais impressionante texto profetico sobre o Dia do Senhor, que definitivamente nao pode ocorrer antes da igreja ter sido removida do mundo.

Em contraste com as obras e palavras malignas do Anticristo, os santos sao encorajados a se firmarem em toda boa palavra e obra. Novamente a vinda do Senhor é o tema mais importante em cada capitulo. É um livro, portanto, para nos dar discernimento e firmeza espirituais no tocante às coisas que visam enfraquecer o testemunho cristão.

Fonte: Leituras Cristas-volume 44-n 2
Colossenses

Colossenses tem muito em comum com Efésios. Mas este livro, contudo, nao apresenta os santos como "assentados nos lugares celestais", mas antes os considera como peregrinos andando no deserto deste mundo. No entanto, a provisao para a jornada vem do céu, e a plenitude desta provisao é belamente vista na Pessoa de Cristo. "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (2:9).
Juntamente com esta "plenitude", as palavras "tudo", "toda" e "todo" sao usadas constantemente. Isso era necessário para adverti-los sobre dois perigos que grassavam em Colossos: de um lado, as várias filosofias, que apelavam somente ao intelecto; por outro, o misticismo religioso que era um insulto ao intelecto, embora ambas estavam curiosa e frequentemente misturadas, originando diversas doutrinas monstruosas e conflitantes. A primazia da liderança de Cristo é a resposta definitiva e abençoada de Deus para tal situação.

Cristo é visto como Cabeça de toda a criação e também como a Cabeça do corpo, a Igreja. Ele ira reconciliar todas as coisas no ceu e na terra, mas agora Ele já reconciliou todo os os crentes com Deus. Ele, na pessoa do apostolo Paulo, fez provisao tanto para o ministério do Evangelho como para o da Igreja. Em tudo isso há provisao tanto para o mundo quanto para a Igreja.

Em Colossenses encontramos sustento, o alimento espiritual, que nos preservará do mal nas suas formas mais sutis.

Fonte: Leituras Cristãs - volume 44 - n 2
Recebido e Acolhestes - paralambanõ ( παραλαβοντες) e dechomai

1 Ts. 2:13

Os irmaos de Tessalonica, eram cristaos modelo (vs.7), segundo alguns eruditos, esta igreja foi a que mais se aproximou dos ideiais do N.T., foi a igreja que mais se aproximou do modelo de igreja segundo a doutrina dos apostolos.
Duas palavras revelam o coração desses irmaos de Tesslonica no ano 51/52 a.D, - Recebido a Palavra e Acolhestes a Palavra.
Qual a diferença? Na nossa lingua parece que ambas sao iguais ou querem dizer a mesma coisa, porem o texto grego nos ajuda a compreender o "ouro" existente em cada uma delas, vejamos;

Recebido - paralambano - é aceitar de outrem, aqui se refere a "escutar com os ouvidos"
Acolhestes - dechomai - "escutar com o coração"
Queridos irmaos, devemos nao apenas ouvir com nossos ouvidos fisicos, mas com o nosso coração, um coração quebrantado e contrito que se tornara uma boa terra para as sementes da Palavra de Deus.
Firmeza da esperança - Hypomone (υπομονης)

1 Ts. 1:3

"uma persistencia tenaz", afirma J.B.Phillips em Cartas Vivas. A palavra Hypone tambem é traduzida como Paciencia ou Perseverança. Aqui Hypone é o espirito que suporta as circunstanicas, nao com mera resignaçao, mas com viva esperança. É o espirito que suporta as circunstancias porque sabe que elas estao a caminho de um alvo de gloria.

Fonte: ChLNT, Cartas as Igrejas Novas, C.F. do N.T.
Trabalho do vosso amor - Kópos

1 Ts. 1:3

Kópos é trabalho exaustivo, labor, a palavra denota trabalho arduo, cansativo, que envolve suor e fadiga. Enfatiza o cansaço que decorre da utilização de todas as energias da pessoa.
Operosidade - ergon

1 Ts. 1:3

A palavra ergon aqui é trabalho ativo. A palavra tambem abrange o todo do trabalho cristão, enquanto é governado energizado pela fé. Trabalho aqui nao é ativismo religioso, denominacional ou ate mesmo no "ministério". Trabalho aqui é o trabalho no evangelho para torna-lo disponivel aos povos nao alcançados.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Enchei-vos do Espírito - plerouste -

Efésios 5:18

Enchei-vos significa controle, ser controlado pelo Espirito Santo. O tempo verbal aqui é quadruplo.

O verbo aqui esta no presente continuo, mostrando que devemos ser controlados pelo Espirito Santo em todo o tempo.
Tambem encontramos aqui o verbo no Imperativo, portanto ser Cheio do Espirito é uma ordem, nao uma opção.
Ainda temos o verbo na voz passiva, mostrando desta forma que nao podemos encher-nos a nós mesmos, somos cheios do fogo do Espírito, pelo proprio Espirito que habita em nos, e uma açao do Espirito Santo sobre nós.
E por ultimo, temos o verbo no plural, mostrando que o Enchimento do Espirito Santo é para todos, graças a Deus.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Sensata, justa e piedosamente = sofrónos, dikaíos e eusebôs.

Tt. 2:11.15

Tito revela o resultado da graça salvadora na vida de todo aquele que creu em Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor. Voce ja nasceu de novo? Se assim é, sua vida trara as evidencias do novo nascimento, as quais encontramos no texto acima, vejamos:

Uma vida Sensata - sofrónos - aqui Tito nos fala da vida marcada com moderação, auto-controle, a vida de dentro /para fora, a vida interior, uma vida diabte da sociedade.
Verbo sofroneu - "estou perfeito juízo", "conservo o juízo"; penso sabiamente; tenho opiniao moderada ( de mim), sou prudente, sou ordeiro, exerço dominio próprio, disciplino-me.

Uma vida Justa - diakaíos - aqui encontramos nosso vida diante da sociedade, uma vida marcada pela retidao, uma vida diante de mim mesmo.


Em terceiro lugar uma vida de piedade - eusebôs - aqui temos uma vida perante o Senhor, uma vida de reverencia.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Afligido - anah

Sl. 119.67, 71 e 75.

Existem tres questoes importantes que necessitamos lembrar quando passamos por aflições segundo Deus, portanto nao e qualquer tipo de aflição.
A palavra para aflição pode ser interpretada segundo a versao inglesa King James da seguinte forma:
"antes de ser tratado pelo Espírito Santo, andava errado, mas agora guardo a tua Palavra" - vs. 67.
Deus trata com aqueles que Ele ama, o escritor aos Hebreus 12:4.11; afirma que Deus nos corrige e esta correção e um tratamento do Pai ao filho (Deus vos trata como filhos, vs.7), desta forma tenhamos toda a atenção possivel para perceber qual area da nossa vida esta sendo tratada. Quando somos lentos para aprender e responder ao que o Espirito Santo nos diz, precisamos de aflição, de tratamento da parte do nosso Pai Celestial. Porem podemos estar seguros de que todo tratamento de Deus tem um carater de fidelidade, isto é: nem mais, nem menos, Deus nao erra e sabe extamente qual ou quais areas devem ser restauradas em nos.
Primeira questao: Querido irmao voce esta no tratamento de Deus? Alegre-se, e sinal que ele ama voce.
Segunda questao: o tratamento de Deus nos levara a guardar a sua Palavra.
Terceira questao: Deus e fiel tambem no tratamento de Deus para conosco.