sábado, 20 de junho de 2009



O livro de Jó mostra-nos o ser humano posto à prova. Poderia ele, um homem renovado pela graça, justo e íntegro em seus caminhos, possuir justiça em si mesmo e subsistir diante de Deus quando confrontado com o poder do mal? Essa é a questão colocada nesse livro. Outra coisa que fica evidente aqui são os caminhos de Deus: Ele sonda os corações e dá-lhes o conhecimento de seu verdadeiro estado diante dEle. Isso se torna tanto mais instrutivo se levarmos em conta que o assunto nos é apresentado fora do contexto de qualquer dispensação ou revelação específica da parte de Deus. Jô é um homem tão piedoso quanto um descendente de Noé o poderia ser. Numa época em que o pecado se espalhava novamente pelo mundo e a idolatria começava a se estabelecer – aliás, a Juiz estava mesmo prestes a puni-la – ,ele não abriu mão do conhecimento do Deus verdadeiro. Em Jó, percebe-se também um coração que, embora “rebelado” contra Deus, mesmo assim conta com Ele; um coração que se volta para Deus, ainda que sem achá-lo; um coração que, por conhecer a Deus, embora insubmisso, reclama para si qualidades que o frio raciocínio de seus amigos não consegue atribuir-lhe. Jô, todavia, se compraz em sua integridade e em seu vestido de justiça própria, que Deus lhe imputa e que o próprio Jô imputara a si. Eliú censura essas coisas nele e explica-lhe os caminhos de Deus. Por fim, Deus se revela a Jô, e o seu coração é quebrantado. Finalmente, Deus o cura e cobre-o de paz e de bênçãos. Esse livro também nos oferece um quadro dos caminhos de Deus com respeito aos judeus, além de ser uma apresentação didática do Espírito sobre o papel de satanás nos caminhos do governo de Deus sobre a terra.

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