sábado, 16 de maio de 2009

Números (4° livro de Moisés)

Esse livro nos mostra o caminho do povo de Deus através do deserto — figura daquilo que o mundo representa para o verdadeiro crente: prova após prova. O povo poderia ter chegado à terra prometida em apenas 11 dias (Dt1:2), porém demorava 40 anos. A simples razão para isso é a incredulidade do povo. O estado do povo era tal que fazia-se necessária a permanência no deserto. O deserto não faz parte dos conselhos de Deus, mas sim de Seus caminhos com o povo. Deus sabia o que havia no coração do povo, mas também o povo devia se dar conta disso por meio da experiência (Dt 8:2-3). Números é livro das provas, mas também das experiências; é o
livro da fidelidade e do fracasso, mas também da fidelidade e da miseriocórdia divinas.
Que ricos meios de ajuda para o caminho pelo deserto Deus tem depois da manifestação
completa da apostasia (a congregação de Corá, Nm 16)! Arão (figura do Senhor Jesus)
se levanta como mediador entre o povo e Deus. Vemos ali a graça do sumo sacerdócio
de Cristo (Nm 17); temos o sacrifício da bezerra ruiva em prol das contaminações do
deserto (Nm 19), e encontramos a serpente de metal (Nm 21 — compare Jo 3).
Deus “não viu iniqüidade em Israel, nem contemplou maldade em Jacó; o SENHOR
, seu Deus, é com ele e nele, e entre eles se ouve o alarido de um rei” (Nm 23:21) — e isso
está escrito num livro que manifesta o fracasso do povo a cada passo!

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